A olhar com mais atenção: Diálogo

Por estas bandas, diálogo não é a palavra repetida e gasta por políticos e etc., mas sim uma atitude muito mais profunda, importante e concreta. A forma como em Portugal se entende esta palavra (como fraqueza, como inutilidade, como perda de tempo e falta de espinha) revela bem o problema da nossa democracia: a imaturidade. Achamos que o confronto de ideias é um folclore engraçado, mas inútil. E temos tantas certezas que pensamos sempre que os outros, se não partilham as nossas ideias, são a causa do mal do país.

Este diálogo de que falo não é uma inutilidade, uma fraqueza, ou uma atitude politicamente correcta. Aliás, é extremamente incorrecta, dentro do espírito actual (e, de certa forma, perigosa para as várias arrogâncias em que nos fechámos). Tem também qualquer coisa de humor. Mas isso são outras águas.

Aqui voltaremos.

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