Mr. Penumbra's 24-Hour Bookstore



Fui lendo ao longo de muitas semanas, entre outras leituras mais fortes — foi um daqueles prazeres de fim de dia que não queria deixar para trás. Um livro entre São Francisco, Nova Iorque e muitos outros locais, entre uma livraria um pouco borgesiana e o campus do Google, entre romances entre geeks que fazem empresas criativas em São Francisco e uma velha seita europeia cujo objecto de culto tem a ver com tipografias e que tenta descobrir um código antigo inscrito em livros... Um livro leve e saboroso, que tem a minha cara. A minha leitura teve um quanto de ironia: um livro sobre a tinta suja dos livros, li-o em formato digital. Mas é uma ironia que o autor quis inscrever no livro. Quando um dos nós do enredo implica que o herói recebe um digitalizador portátil de livros da parte duma personagem secreta que se dedica à pirataria, este é um livro sobre livros muito actual.


Um episódio: para tentar entrar no espírito da tal seita de livros, o protagonista manda uma carta em papel. Poucos dias depois recebe um email do destinatário a perguntar se não quer falar por Skype.


Posso oferecer-te, +Diogo?

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